Como dizia o tal senhor, sejam felizes!
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Meu amor abre a janela
Ah, estes dias de sol e de calor! Ah, estas viagens de barco e o subir a colina! Ah... Deixam-me o bairrismo a correr nas veias. Com o Santo Antoninho à porta, mais as travessuras que o acompanham nas noites de comemoração, entre a sardinha assada e a sangria fresquinha, não há como um fado para brindar à vida.
Como dizia o tal senhor, sejam felizes!
Como dizia o tal senhor, sejam felizes!
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
É mesmo, filho!
... desculpem-me a falta de qualidade, mas o que conta é o coração. E esse... Ah! Esse transborda de amor!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
Numa reunião de pais, como de costume, falei de tudo aquilo
que era suposto falar… Os momentos que antecederam esta reunião, como sempre,
foram uma parafernália de emoções. Primeiro: rever a ordem de trabalhos, vezes
e vezes sem conta. Depois verificar se não falta nenhum documento, também vezes
e vezes sem conta. Para a seguir pensar que tanta preocupação é desnecessária,
porque preparámos tudo com cuidado e atenção. Mas na realidade a preocupação
que nos sombreia os últimos minutos de descanso, antes da reunião, são na
verdade porque os professores também questionam “será que vão gostar de mim?”…
Pelo menos eu questiono-me. Realmente importa-me que, para além de cada um dos
meus alunos, os pais e encarregados de educação gostem de mim. Que lhes seja
fácil perceber que estou com os seus filhos de alma e coração. Que partilho conhecimentos,
sensações, aprendizagens, tudo o que houver para partilhar com cada um deles.
Para mim, ensinar não faz sentido de outra forma.
Mas não é sobre isto que vos queria falar…
Enquanto falava da assiduidade, relembrando que as
faltas de material e de pontualidade podem resultar em faltas de presença
injustificadas, um dos pais mostrou a sua indignação face aos limites de cada
tipo de falta. Porquê? Porque é que são tão pequenos? A minha resposta foi
simples. Porque a obrigação da criança é ir à escola e fazer bem o seu papel, o
de aluno. E a obrigação de cada pai é garantir que cada criança cumpre o seu
papel com o mesmo brio, como aquele que tem no desempenho das suas funções
profissionais. Mas, o pai não ficou satisfeito com a minha resposta. Voltou a
dizer que realmente achava que deveria haver mais benevolência com as crianças,
que são tão imaturas. Aí, sorri-lhe a ele e aos restantes, pedi-lhes que
entendessem que não estava a querer ensinar ninguém a ser mãe ou pai. Porque
cada um dos meus meninos (alunos de 5º ano, alguns com bem mais do que dez
anos) tem a melhor mãe e o melhor pai que podia ter. – Cada um de nós é a
melhor mãe e o melhor pai dos nossos filhos e temos de acreditar nisso sempre,
não importa o que houver! – Mas precisava que me acompanhassem num exercício:
recuassem no tempo e se imaginassem na idade dos seus filhos. Tínhamos muita liberdade.
Verdade. Contudo, tínhamos também muita, muita responsabilidade. Ficávamos tempo e tempos na rua, mas à hora marcada estávamos em casa. Íamos às
compras, despejávamos o lixo, passeávamos o cão, arrumávamos o quarto e até
íamos pagar a água ou a luz. «E sem telemóvel!» Acrescentou uma mãe. Verdade,
sem telemóvel. Durante um ou dois minutos vi aqueles pais, em silêncio,
pensativos e acenando com a cabeça. Queremos
tanto proteger os nossos filhos que em vez que os ajudarmos a crescer estamos, inconscientemente,
a prolongar a imaturidade daqueles que para nós – lá no fundo dos nossos
corações – serão sempre os nossos bebés. Aqueles seres sapientes que, mesmo
antes de ganharmos a verdadeira consciência do que é ser mãe ou pai, já carregavam
consigo a responsabilidade de ser filho.
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