Fiz algo do género no “sobre mim” de uma rede social onde, ainda, não sei porquê, tenho um perfil ativo, embora sem visitar há muuuuuuuuuuitos meses. Cá vai.
Gosto de passear na praia; de ver o pôr-do-sol; de fotografar, fotografar, fotografar e ainda fotografar, nem que tenha de me deitar no chão para conseguir um bom ângulo; de beber capuchinos bem quentes enquanto sinto o vento gelado; de comer cereais como se fossem batatas fritas; de escrever cartas; de reencontrar amigos ou velhos conhecidos; de fazer maratonas de séries embrulhada na manta; de dormir no sofá, quando lhe bate o sol; de ficar na cama depois de acordar; de comer gomas; de aquecer as mãos na chávena do café; de beber café frio, com uma pitada de canela; de coentros; de mordiscar os paus de canela até se desfazerem; de ouvir (e cantar quando ninguém me ouve) o fado; de dançar; de caminhar sem rumo; de abraços fortes; de beijinhos, beijos e beijocas; de conversar até ficar sem assunto; de fazer birras quando não me fazem as vontades; de ser mimada mesmo sabendo que já não tenho idade para isso; de pintar quando preciso de arrumar as gavetinhas do pensamento; de soltar a imaginação e traduzi-la por palavras umas atrás das outras; de encontrar desenhos antigos; de ler textos que escrevi em outros tempos; de sorrir e gargalhar; de dar aulas; de aprender com os outros, novos ou velhos; da música que a chuva faz ao cair lá fora; de dizer e ouvir gosto de ti; de esplanadas em tempo de Verão; de visitar museus; de comprar livros; de sapatos e mais sapatos, feitos à minha medida; de relógios; de óculos de sol; de paisagens bonitas; de perfumes agradáveis; de camélias; de dormir com cobertores pesados; da minha cadela refilona; dos outros patudos cá de casa; da minha família; de me espreguiçar quando tenho vontade; do meu telemóvel (só não sei por quanto tempo); da minha “alfa230Y”; de ginger-ale com gelo e limão; do preto e do laranja; de tomar duche pela manhã; de um banho quente antes de dormir; de estudar; de sublinhar passagens nos livros que leio e tirar apontamentos nas margens das páginas; de arrumar os meus portáteis com pastas e mais pastas; da minha agenda anual, onde escrevo aquilo que não quero que ninguém saiba; de fotografias a preto e branco; de fotografias antigas; de receber correio (que não sejam contas); de andar descalça; de imitar pronúncias; do sotaque castelhano; do italiano também; de cozinhar sem receitas; de bolo de chocolate; de receber SMS ou MMS; de lingerie bonita; de falar por cima da voz que anuncia a chegada dos comboios; de canetas; do glorioso BENFICA; do castanho dos meus olhos; quando me dizem que pareço muito mais nova; de séries como Mentes Criminosas, Anatonomia de Grey; de rever a série Huff, mesmo que não tenha as legendas; de trocar o teclado pelo papel e pela caneta; do cheiro da roupa lavada; de me rir de mim mesma quando tropeço; de enrolar o cabelo nos dedos quando estou distraída; de morder (não roer) enquanto penso ou espero; de Lisboa; de oferecer presentes; do meu sorriso, ainda mais desde que tirei o aparelho; do castanho dos meus olhos (já disse?); das vozes da Mafalda Arnauth e da Carminho; de fazer as pazes; de dizer o que penso; de saber pedir desculpa; de MPB; das recordações que me provocam sorrisos; de adormecer até tarde no sofá, só depois já “zombi” caminha; de livros antigos; dos meus livros de arte; de bibliotecas; de ir ao teatro; da possibilidade de ir acrescentando coisas a esta lista quando me lembro delas.
Não gosto de caracoletas; de pescada; que se zanguem comigo; que desmarquem em cima da hora; de desculpas esfarrapadas; de mentiras; que façam muito barulho quando acordo; que me façam falar quando me apetece estar calada; que me julguem burra; do meu grilinho falante; das minhas inseguranças; de estar doente; de soluçar quando bebo coca-cola; das pessoas que fazem barulho no cinema; do fumo do tabaco nos restaurantes; de telemóveis a tocar quando é suposto estarem no silêncio; de quando é proibido fotografar o que é bonito; de baratas (são nojentas); de ter frio; que me passem à frente nas filas; de sentir medo; de não gostar de conduzir (ui! esta é difícil de explicar); de ainda não ter escrito um livro, embora já o tenha começado; de sentir os pés dormentes; de sentir o meu nariz gelado; de cair; de não saber o que os outros estão a pensar; de me zangar; das minhas insónias, fazem-me pensar demasiado; de despedidas; que me interrompam quando escrevo; de receber notícias desagradáveis; de falar ao telefone sem que seja mesmo necessário ou que não tenha sido eu a ligar; de magoar ninguém; de ser magoada; de sentir que podia ser mais compreensiva e menos egoísta; de sentir saudades que doem; de estar triste.
Sem comentários:
Enviar um comentário