segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O segredo de Joe Gould

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«(…) se há coisas que a humanidade tem que chegue, que chegue e que sobre, são livros. ao pensar na cataratas de livros, nos niágaras de livros, nos caudelosos rios de livros, nas toneladas e camiões e comboios de livros que naquele momento brotavam das tipografias de todo o mundo, sendo que só pouquíssimos deles mereciam a pena que lhes pegássemos, que os apreciássemos, já nem falo de os lermos, comecei a pensar que era digno de admiração o ele não ter  escrito o livro. Um livro a menos a atravancar o mundo, um livro a menos a ocupar espaço, a apanhar pó e a passar sem ser lido das livrarias para os lares e daí para os alfarrabistas, para as lojas de velharias, para as lojas dos trezentos, e daí para outros lares, e para outros alfarrabistas, e lojas de velharias, lojas dos trezentos, e daí para novos lares, e assim ad infinitum. (…)»

Hoje não faço comentários. Deixo-vos apenas uma passagem, esperando que vos desperte a curiosidade. Sorriso 

 

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