segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um mundo deste tamanho…

Nos meus (primeiros) tempos em Évora, umas das coisas que mais gostava de fazer nas noites quentes era transformar a minha varanda na minha cama de rede… Mas como assim?! O que é que uma varanda e uma cama de rede têm de semelhante? Para além do facto de serem suspensas? Nada, pois claro. Mas, a minha varanda tinha as suas vantagens: o chão de tijoleira, ao final do dia, estava bem aquecido pelo sol alentejano, estava orientada para o poente – permitindo-me assistir a um espetáculo bem bonito a cada dia – e à noite - não tendo a interferência das luzes dos candeeiros de rua – estava sob um céu estrelado maravilhoso! Sim, sempre gostei de olhar os pontinhos luminosos que deixam a escuridão menos negra (desculpem a redundância), bem mais aliciante e convidativa a darmos lugar ao espírito sonhador que todos temos dentro de nós. 

É verdade, uns sonham mais do que outros. Há quem olhe as estrelas e realmente não pense em nada, quanto mais sonhar!

E é verdade, há quem pense e pense muito! Tanto tanto que desenvolvem um gosto tal pela imensidão do universo, as suas luzes e luzinhas e os seus mistérios cósmicos e partilham-no com quem estiver disponível para abrir a mente e deixar-se encantar.

Recordam-se de ter dito que uma das minhas próximas leituras seria o:

livro

E foi. Sorriso 

Há medida que vamos avançando na leitura é inevitável perceber o fascínio do autor pelo tema. Tal como a sede de saber. O autor dá-nos a conhecer  inúmeros factos que vão para além de curiosidades históricas e fá-lo brindando o leitor com um humor  inteligente de excelência!

Falando da condensação da matéria: « (…) Uma comparação curiosa: equivale à totalidade da população no nosso país dentro de uma cabine telefónica… imaginar a população do nosso bairro dentro da nossa sala de estar já é complicado. A de todo o país numa cabine telefónica parece algo para lá de toda a coagitação…

Acreditou? Bem, foi uma brincadeira. Na verdade, não é a população do nosso país é a de toda a população da Terra dentro dessa mesma cabine telefónica!

Hmmmm… será verdade? (…)»

No Epílogo: «(…) Apesar de o coração gostar de mistérios, o cérebro insiste em tentar resolvê-los, e ao longo destas páginas ficámos com uma ideia da luta permanente pelo sabor dos frutos do conhecimento.» é isso mesmo, minha gente, este livro fala-nos de muitas coisas e aguça-nos a curiosidade para outras tantas!

Confesso, não sei se seria uma primeira escolha numa visita à livraria, dada a especificidade do tema. Claro que gosto de olhar o céu e as estrelas, mas física e por aí nunca foram o meu forte… Mas, volto a confessar, pode ser – sem dúvida – um óptimo presente a oferecer a um(a) amigo/a.

Deixo-vos, ainda, um convite espantoso, a última frase da obra: «O Mundo está aí, mesmo à sua frente e à sua espera. Vai recusar a oferta?» e o link do Centro Atlântico onde podem descarregar um excerto do livro em PDF. Garanto-vos que ficam com vontade de ler mais e mais. Aventurem-se e tirem as vossas próprias conclusões. Piscar de olho

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