… muitas vezes pela semana e muitas mais vezes por mês. Mas não tantas quanto tu…
Às vezes, mais do que as vezes do ir e do voltar por dia… Desta feita, e por norma, a mesmas que tu…
Porém, cerca-me a certeza, cada vez que lá passo, que serei a única a olhar para a mesa e ver se estão ocupadas as cadeiras. Não acredito que alguma vez olhes e te recordes do que me recordo. Nem do que me recordo, nem de nada!
Com certeza, não é o facto de haver ou não gente na esplanada que me assalta o pensamento. Não me importo se alguém degusta um café, se há quem leia um jornal, se está sozinho ou acompanhado.
Olho aquele recanto e inevitavelmente perguntou-me como seria se não estivéssemos lá estado naquele começo de noite. Como seria se não tivéssemos aquela conversa. Enfim… Pergunto-me como seriam os (meus) dias de agora se, naquele dia, cada um de nós tivesse seguido a sua vida, sem fazer desvios à rotina.
Apraz-me dizer que, provavelmente, teriam sido (… alguns, muitos…) menos confusos, ambíguos, atordoados, desordenados, transtornados e inseguros. Sei lá o que teriam sido! Teriam sido o que não foram.
Arrependimento?! Não. Não sinto. Mas hoje sou capaz de dizer que talvez te tivesse olhado menos nos olhos, ouvido menos a tua voz, prestado menos atenção ao que dizias e impedir-me-ia de achar piada ao teu riso. E, com certeza, lembrar-me-ia de te achar mil e uma vulgaridades que me mostrassem como és igual a todos os outros!
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