sábado, 31 de março de 2012

Primavera

Primavera – The Gift

“Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz...”

 

Tem um poema lindo esta música!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aparentemente os dias correm dentro dos tons bege. Tons bege? Sim, tons bege. Sem cinzentos e, igualmente, sem grandes explosões de cor. Poderia ser bom sinal. A escala de cinzentos faz-nos adivinhar situações que nos entristecem e nos escurecem por dentro. As explosões de cor, podem significar falsas alegrias e a ignorância despreocupada em relação aos acontecimentos menos bons. Mas não é. Não sinto falta dos cinzentos, nenhuma! Nem me apetece andar alegremente ignorante. Mas sinto falta de me afastar da variedade dos pastéis. Muita! Começo a sentir-me desmotivada.Desmotivada de “procurar”, de tentar alcançar, de me sentir ao sabor do “vento”. De um “vento” que ora sopra forte, ora quase não se faz sentir. De um “vento” indeciso e sinuoso, que me prende bem mais do que poderia dizer razoável. É verdade, não há sinais da razão nestes tons bege! É estranho, parece-me estranho como me vou deixando ficar sem que novas pinceladas se façam sentir…

(Bolas! Mais uma vez, digo, começo a sentir-me desmotivada e mesmo assim continuo aqui.)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Shame

Vi e gostei. Gostei bastante, até! Não vou tecer grandes elogios.  Basta-me dizer que é, na minha opinião, simplesmente, um filme inteligente. Recomendo.

Shame, 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

“21 de Fevereiro de 1939, Paris

(…)

IMG_Henry_Miller_0005E vejo a grande diferença entre o desejo verdadeiro e a mera apetência ou entre o exercício da vontade e a disciplina que impele ao cumprimento do dever. Sei perfeitamente que o crescimento vem somente através do desejo e do reconhecimento da relação entre verdade e ser. (…) tornamo-nos finalmente conscientes: os tiros cegos no escuro são demasiado ruidosos para serem ignorados. Toda e qualquer realidade profunda deste género constitui um real avanço, uma real consolidação na até agora cega conquista da verdade. De repente, sente-se que, para quem estiver atento, a verdade está sempre a falar em nós. Tornamo-nos então terrivelmente calmos e contidos. Deixamos de tentar fazer mais do que nos é possível fazer. Mas não fazemos também menos do que podemos.”

Henry Miller, in Cartas a Anais Nin

Estou apaixonada pela escrita, pela forma de pensar e mortinha para visitar o alfarrabista que me prometeu levar-me «os Trópicos e os outros que tenho dele, são uns cinco ou seis»!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Hoje apetece-me ter…

sonho imagem “googlada”

Sonhos cor-de-rosa!Sorriso

Às vezes pergunto-me se…

…serei bem interpretada quando lida?

Enfim… Encontrei esta coisa linda e apeteceu-me partilhar. Sorriso

1mafalda

“Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”

(Fernando Pessoa)

domingo, 25 de março de 2012

DSC04783

Porquê e para quê?

Porquê e para quê, pergunto eu. E perguntam vocês porquê e para quê o quê? Eu respondo. Com duas questões, mas respondo. Porque é que inventaram que quando se faz alguma coisa errada se tem de pedir desculpa? Porque todos nós, por não sermos perfeitos, cometemos erros e no entanto mesmo tendo consciência de que não somos perfeitos não podemos usar tal facto como justificação para errar e porque  nos preocupamos com que “arrecada” com as nossas coisas erradas. Mas… Há sempre um mas! Mas, para que é que servem os pedidos de desculpa quando não são aceites? Entenda-se que aceitar um pedido de desculpa não significa esquecer que alguém errou, na minha perspectiva, é desculpar porque se ninguém é perfeito quem recebe o pedido de desculpa também não o é e é desculpar porque se nos pedem desculpa é porque se preocupam connosco. So… Se os pedidos de desculpa não são aceites, para que servem? Sei lá! Gruuuuunnfff…

Não sei Entretanto surgiu-me uma nova pergunta, mas não apetece arranjar resposta para esta. Sintam-se à vontade para o fazerem, se assim entenderem. Se ninguém é perfeito, porque é que há pessoas cujos pedidos de desculpa não são aceites e porque é que há pessoas que não aceitam pedidos de desculpa?

sábado, 24 de março de 2012

Mais uma pérola.

 

Bolas, que isto hoje é só disto. Lol!

“Eu sou assim, sou daquelas pessoas que têm necessidade de remoer o assunto e esgotar o tema. E às vezes, nem esgotando os outros eu me esgoto a mim.”

Pensativo

Estúpida, 71 vezes…

“S diz:
duh

R diz
u?

S diz:
yes, me
i am so duh!!!!
do not ask!

R diz
q fizeste?
I asked!!
lol

S diz:
lol
vais ralhar comigo

R diz
se já sabes q sim, mais vale eu saber do que estou a ralhar, né?

S diz
(…) estúpida, pah!
 
(…)

R diz
ó céus

S diz
(…) podes dizer outra vez "oh céus!"

R diz
lol

S diz
estúpida vinte vezes, podes dizê-lo

R diz
já q insistes...

(…)

R diz
exactly!!!

S diz
também tu, madrinha?!

(…)

S diz:
estúpida mais umas 50 vezes que tou aqui feita parva a ruminar

R diz
lol


S diz
não te rias de mim

R diz
n ria de ti
ria da situação”

Não fosse por coisas eu também me ria… Pensativo

Whataya Want From Me - Adam Lambert

 

Whataya Want From Me - Adam Lambert

“Just don't give up

I'm workin' it out

Please don't give in

I won't let you down

It messed me up (…)”

Sábado à noite

Depois de não ter aceitado combinar nada para hoje à noite (e, eu mesma, de ter recebido uma “tampa”), resta-me analisar os filmes em cartaz e curtir a vontade que tenho de ir ao cinema… Aborrecido

 

shame

 

(1ª escolha) SINOPSE:

Brandon (Michael Fassbender) é um Nova-Iorquino que evita estabelecer relacionamentos íntimos com mulheres, antes alimentando os seus desejos através de um vício compulsivo por sexo. Quando a sua instável irmã mais nova (Carey Mulligan) se muda para o seu apartamento, trazendo à superfície dolorosas memórias do passado de ambos, a vida insular de Brandon entra numa espiral sem controlo.”

 

a presa

 

 

(2º escolha) SINOPSE:

“Em THE GREY – A PRESA, Liam Neesom interpreta um herói improvável, que se vê obrigado a liderar um grupo de rudes trabalhadores na sua luta pela sobrevivência e pelo regresso a casa, após o seu avião se despenhar no deserto remoto do Alasca. Lutando contra os ferimentos e um clima impiedoso, o grupo tem de escapar tanto ao gelo dominante como a uma feroz alcateia de traiçoeiros lobos, que deles fazem a sua presa… antes que o tempo se esgote... “

 

contrabando (3ª escolha) SINOPSE:

“Há muito que Chris Farraday (Wahlberg) deixou a vida do crime, mas depois do seu cunhado Andy (Caleb Landry Jones) estragar um negócio de droga ao seu cruel patrão, Tim Briggs (Giovanni Ribisi), Chris vê-se obrigado a voltar a fazer aquilo que ele faz de melhor – contrabando – para pagar a dívida de Andy. Chris é um lendário contrabandista e rapidamente forma uma equipa com a ajuda do seu melhor amigo Sebastian (Ben Foster), para um golpe final no Panamá, na esperança de trazer milhões de notas falsas. Mas quando o plano se desmorona, a horas de alcançar o dinheiro, Chris terá de recorrer às suas enferrujadas habilidades para navegar por uma traiçoeira rede criminosa de traficantes de droga, polícias e assassinos antes da sua mulher Kate (Kate Beckinsale) e dos seus filhos se tornarem o alvo.”

in:http://www.zonlusomundo.pt

 

terça-feira, 20 de março de 2012

Mais uma passagem da atual leitura…

«(…) Tens de ter cautela (…)com a razão, com a inteligência. Não tentes resolver. Em vez disso (…) procura colocar problemas, perguntas, dificuldades. Cultiva a loucura. Não lhe fujas. Na loucura (…) encontra a sabedoria.»

Henry Miller, in Cartas a Anais Nin

Não é magnifico? Sorriso rasgado

segunda-feira, 19 de março de 2012

Bluetooth e Wi-fi

 

Vi na web e não resisti. Sorriso rasgado

boa

Tradução, para quem não “arranha” o inglês:

Os homens são como bluetooth: ele está conectado a você quando você está próximo, mas procura por outros dispositivos quando você está longe...

As mulheres são como Wi-fi: ela vê todos os dispositivos disponíveis, mas conecta-se ao mais forte...

 

Será? Sorriso rasgado

Comédias românticas?!

Não, obrigada.

Porquê? Porque nos fazem crer que mesmo no mais cinzento dos cenários amorosos, o sentimento supera o racionalismo. Os grandes amores não acabam. As alegrias superam as tristezas. Os defeitos são insignificantes perante as virtudes. A dois tudo é possível de concretizar. A feia inteligente, a gorda idiota, a alta entediante, a demasiadamente magra e a baixinha sem graça têm sempre um final feliz. O “colecionador”, um dia, deixa de colecionar e entrega-se de corpo e alma à mais improvável das mulheres. Quando se separam, ambos acabam por perceber que foi uma estupidez e aí vivem felizes para sempre. E, a pior razão, na minha perspectiva, mostram-nos que se pode amar e só depois conhecer o ser amado, quando toda a vida nos ensinam que isso é totalmente errado. Primeiro conhecemos, damos a conhecer e só depois conquistamos e somos conquistados. Será mesmo assim? Não sei, o que sei é que no meio das trapalhadas irreais, fazem-nos rir (ou tentam) com temas que na realidade dos nossos dias não têm graça nenhuma.

Enfim…Desabafo à parte, que só uma gaja 5 estrelas vai perceber, tenho de continuar este post, que não dizendo respeito a qualquer um, apraz-me escreve-lo na perspectiva de me deixar mais livre para outras coisas do meu dia…

Estou cansada. Sinto-me personagem de um qualquer guião pouco interessante. Romântico? Não, acho que não. Tenho quase a certeza que não. Só sei que quem o escreveu se divertiu bastante a convencer-me que um dia… Um dia, eu vou ter um grande e lindo final feliz (mas antes disso, podia ir deixando divertir-me de vez em quando).  E enquanto me convence disso, vai fazendo surgir outros personagens que só servem para abalar as minhas estruturas e fazer-me sentir a mais perfeita idiota entre os espécimes femininos. O pior é quando acho graça à nova personagem que surge, quando a personagem me cativa e torna a tarefa de organizar as minhas gavetinhas a mais árdua de todas.

Bem, para resumir, esclarecer ou simplesmente para libertar as dúvidas e deixá-las presas a algo que não seja a minha pele (apesar de quem realmente interessa, neste caso,  já ter conhecimento de todas): sim, não viro as costas à possibilidade de me apaixonar (apetece-me chamar as coisas pelos nomes); o nosso começo confunde-me e acho que é ele o grande culpado para não descartar essa hipótese; frustra-me dizeres que não te sentes disponível para me dares mais, porque acredito que o que queres é defenderes-te daquilo que o tempo pode trazer (como pode acontecer com qualquer pessoa) e se ambos definir-mos as mesmas proibições é mais fácil seguirmos pelo sentido obrigatório; sinto-me estupeficada por tudo isto me absorver tanto ao contrário do que seria normal; sinto-me uma idiota por não sentir qualquer pudor em deixar que saibas que não sei onde ando a pisar; não gostei de ver as minhas dúvidas, ansiedades, medos e (sei lá) esperanças – não é o termo correto, mas não me ocorre outro – infundadas, interpretados como “muitas ideias”… ideias… parece-me um termo demasiado simplista que me beliscou e doeu; as minhas inseguranças, aquelas que julgas não fazerem sentido no meio disto tudo, existem e devem-se àquilo que já cicatrizou e àquilo que está a cicatrizar. Ah! Não penses que não te compreendo, porque compreendo e respeito. Mas fica aqui o desejo que também tu me compreendas e sejas paciente. Porque um dia, não posso dizer quando, pode ser amanhã, daqui a uns dias, daqui a muitos dias, não sei… Um dia, este texto – e outros - já não fará sentido, eu já não sentirei nada do que sinto e serei capaz de me rir de mim mesma. Contigo por perto, claro, porque nessa altura já teremos deixado de idealizar e estaremos mais conscientes daquilo que somos enquanto pessoas que hoje se desconhecem quase por completo (e aqui tenho mesmo de dizer para não uni direcionares a tua interpretação, não é mais uma ideia é simplesmente aceitar que ainda temos muito para aprender um sobre o outro).

 Piscar de olho 

Post scriptum – E porque o que li há pouco faz todo o sentido, deixo aqui para que eu mesma possa ler quando assim precisar:  “Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. (René Descartes)
Nem existe nenhuma receita igual para toda a gente, porém, o tempo e a perseverança costumam ser bons aliados nestes momentos. (…), pois as soluções virão, (…) quando realmente tiver que ser.”

domingo, 18 de março de 2012

Um dia…

… faço uma etiqueta com o nome “sobre ti”, assim podes ter a certeza dos post que deves ou não ler e se conseguires decifrar o que isto é, dá-me ma luz! Grunnffff!

sábado, 17 de março de 2012

Eu bem tento…

… mas tu não te deixas ir. Quer dizer, vais deixando parecer que te queres deixar ir. Mas vens, no caminho, cheio de “ses” e de “logos” - seguidos de (representações de) sorrisos - e de “silêncios” indecifráveis (para mim, claro), contudo nunca me deixas sem resposta…

Sabes, fazes-me sentir um peixe no anzol, quando estou quieta puxas o fio para ficar mais perto e se me mexo soltas o carreto, fazendo-me sentir que não há razões para travar esta “luta” contigo, e mesmo assim não me devolves à água.

Dás-me respostas curtas, breves, que, de tão (supostamente) assertivas, me confundem e aos poucos vou perdendo o norte ao certo e ao errado, ao possível e ao impossível, ao que é desejado e ao que não passa de anseio fantasioso… Mesmo que seja por breves momentos fazes-me voltar atrás e repensar, pôr em causa as minhas inconfidências, duvidar se te devia dar a conhecer as minhas vontades… E no entanto, mesmo assim deixas que te conte tudo.

Respondes-me com?… Se num instante posso dizer que o que me dás de resposta me enche o peito, me dá vontade de sorrir, vontade de acreditar que vale a pena derrubar as minhas próprias fronteiras e esperar que percebas que quero fazer parte do que é teu e só teu, no outro instante a seguir posso dizer que me respondes com o suficiente para perceber que estou completamente enganada.

Não julgues que fui sempre assim. Nunca fui. Aliás, já te disse que estou perdida, sinto-me perdida no meio deste decorrer atípico dos dias que sempre julguei impossível, até um dia ter percebido que gosto de saber que existes.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Fico parva?!

Fico parva, definitivamente.

Vou contar-vos uma história. esta história tem alguns anos, começa na pré-adolescência de duas meninas. Moravam no mesmo prédio, tinham alguns amiguinhos em comum e andavam na mesma escola. Escola para onde muitas vezes iam juntas, ora com o pai de uma, ora com o pai de outra.

Um dia as meninas cresceram, passaram a viver a adolescência  e todos os pseudo-dramas que esta acarreta. Noutro dia, ainda na adolescência uma deixou de falar à outra, sem qualquer razão (pelos menos a outra não se lembra de nada que justificasse isso e mesmo fazendo um esforço de memória, nem na época percebeu muito bem o que se passava). Aparentemente a razão era masculina… Porém sem nunca ser confirmada. Lol!

As adolescentes cresceram e hoje em dia são duas mulheres. Mal se falam quando se cruzam na rua, no elevador ou patamar… Aliás, acho que não se falam mesmo. E a outra hoje recebe um pedido de amizade da uma? Pensativo

Ai FB a quanto obrigas! Não sei… Mas acho que na falta de um Bom dia” uma “private message” calhava bem…

quinta-feira, 15 de março de 2012

Num dia de chuva.

 

Não sei se será da luz cinzenta, se dos relâmpagos ou dos trovões. Não sei… Só sei que num dia de chuva como o de hoje já cometi três pecados! Sorriso rasgado Sim três! Um: há mais de um mês que não comia chocolate, hoje praticamente engoli duas fatias de salame. Que bem que souberam! Dois: falei mal dos espécimes masculino (só tu é que leste, madrinha)… Três: sublinhei um livro da biblioteca…

« (…) nasce em mim um certo egoísmo, um determinado interesse pela minha própria pessoa. Não sei se estou a ficar solipsista ou narcisista. (…) Eu sinto que sou alguém, que sou  uma força, uma necessidade… e que, por deliciosa ironia, estou plantado num deserto, investindo de uma missão absolutamente fútil e ridícula.»

Henry Miller, in Cartas a Anais Nin

Post scriptum – Se considerarmos cada fatia de salame um pecado, contam-se quatro pecados para um dia só! Oooops!

terça-feira, 13 de março de 2012

Não dá…

…para me concentrar assim. Tenho o silêncio de quem está mergulhado na informação de cada página, tenho os passos alheios no soalho, tenho o sol do lado de fora da janela, tenho o cheiro dos livros que enchem as prateleiras, tenho a música que toca nos phones, tenho o velhote que adormeceu ao ler um periódico a um canto da sala, tenho o som de quem desfolha, tenho o monitor em frente a mim, tenho os rascunhos e a caneta… mas também tenho esta sensação de vazio que mostra que mesmo tendo tudo e não tenho nada.

Serão saudades? É possível, belos tempos passei nesta biblioteca. Em que a maior preocupação era a apresentação do trabalho X, o teste da disciplina Y ou comprar os materiais pedidos pelo professor parecido com os irmãos Dupont… Sorriso rasgado Ai vida, vida!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Numa tarde de sol, como hoje…

 

… tenho de escrever um desabafo daqueles bem femininos que acaba por ser um tanto fútil. LOL! Mas cá vai:

Tenho saudades de andar de unha do pé pintada numa sandália gira, pah! A rir alto

sábado, 10 de março de 2012

Dança de roda

 

Recebo, por email, a press relase do Teatro Municipal de Almada e desta vez, apetece-me partilhar convosco o conteúdo da mesma.

O Teatro Municipal de Almada assinala os 150 anos do nascimento de Arthur Schnitzler (1862-1931) com a estreia, a 15 de Março, de Dança de Roda, com encenação de Rodrigo Francisco. Trata-se de uma peça polémica, cuja encenação foi proibida pelo próprio autor no final do século XIX - a abordagem das relações sentimentais entre as personagens chocou a sociedade vienense da altura. O espectáculo está em cena, na Sala Principal, até dia 1 de Abril. Paralelamente, no foyer do teatro é apresentada uma exposição biográfica de Schnitzler e Klimt (também nascido em 1862). No dia 31 de Março, em parceria com a Embaixada da Áustria em Lisboa, o TMA organiza um colóquio internacional sobre o autor de Anatol, Dança de roda e A cacatua verde.

danca_roda
Dança de roda traz para o palco a roda-viva das relações instáveis e permissivas entre homens e mulheres, numa frenética dança de casais, com pares que se formam e desfazem de cena para cena, abordando de uma forma surpreendente as teorizações de Freud acerca dos impulsos sexuais e dos jogos de poder. A acção circular desta peça evoca a propagação da sífilis, uma doença sexualmente transmissível que era no final do século XIX um flagelo semelhante ao que é hoje em dia o HIV. A publicação da peça causaria grande controvérsia, tal como a sua primeira representação, em 1920, levando a que, no ano seguinte, um tribunal de Berlim a considerasse ofensiva da moral pública e Schnitzler viesse a proibir a sua apresentação em palcos europeus até à data da sua morte.
O colóquio internacional de dia 31 de Março conta com a presença, entre outros, de Lorenzo Bellettini e Konstanze Fliedl, especialistas da obra de Schnitzler. Lorenzo Bellettini é autor do livro Schnitzler’s hidden manuscripts, realizado graças ao estudo do arquivo com mais de 30 mil páginas de manuscritos do escritor austríaco que se encontra na Universidade de Cambridge, até esta altura desconhecidos do grande público. Professora de Literatura Germânica Moderna na Universidade de Viena, Konstanze Fliedl escreveu e editou numerosos estudos sobre Arthur Schnitzler e as suas obras. “Erotismo e política. Arthur Schnitzler como um diagnosticador de seu tempo” é o tema da sua intervenção.
Arthur Schnitzler (1862-1931) começou a escrever ainda durante a infância: a sua primeira grande tentativa autoral data de 1872, quando escreveu Aristokrat und demokrat (Aristocrata e democrata), provavelmente influenciado pela peça Tempestade e tensão, de Schiller. Antes da publicação de Anatol (o seu primeiro livro, em 1893), Schnitzler tinha já escrito cerca de trinta peças, quinze fragmentos dramáticos e um largo número de poemas. Formado em Medicina em 1885 pela Universidade de Viena, começa a interessar-se pelo estudo da psiquiatria e corresponde-se com Sigmund Freud. A partir de 1894, Schnitzler dedica-se à literatura, tendo deixado uma vasta, multiforme e significativa obra literária em língua alemã.
Rodrigo Francisco (Lisboa, 1981) colaborou entre 2000 e 2003 no suplemento DN Jovem, do Diário de Notícias. Foi publicado nas colectâneas Jovens Escritores 2003 e 2004 organizadas pelo Clube Português de Artes e Ideias. Representou o País na XII Biennale dei Giovani Artisti dell’Europa e del Mediterraneo, em Nápoles, em Setembro de 2005. Foi vencedor do concurso dramatúrgico Maratonas de Escrita 2005, organizado pela Sociedade Portuguesa de Autores. Estreou-se na escrita para teatro com Quarto minguante, texto dirigido por Joaquim Benite no TMA, em 2007, e na versão televisiva para a RTP em 2009. A peça foi publicada, em 2008, na revista espanhola Primer acto e, em 2009, na editora francesa Éditions l’Oeil du Prince. Seguiu-se Tuning, estreada em 2010, dirigida pelo mesmo encenador. Actualmente director-adjunto do TMA, Rodrigo Francisco tem sido assistente de encenação de Joaquim Benite, com quem tem feito a sua formação teatral, nomeadamente nas peças D. Juan, de Moliére (2006), Que farei com este livro?, de José Saramago (2007), O Presidente, de Thomas Bernhard (2009), O doido e a morte, de Raul Brandão (2010), A mãe, de Brecht (2010) e A rainha louca, ópera de Alexandre Delgado (2011).

Ficha Técnica:

Dança de roda
De Arthur Schnitzler
Encenação de Rodrigo Francisco
Tradução José Palma Caetano
Luz e som Guilherme Frazão
Cenário e figurinos Ana Paula Rocha
Movimento Jean Paul Bucchieri
Caracterização Sano de Perpessac
Intérpretes Ana Cris | André Gomes | Bartolomeu Paes | Catarina Campos Costa | João Farraia | Joana Francampos | Joana Hilário | Miguel Martins | Pedro Walter | Vera Barreto
15 de Março a 1 de Abril
Sala Principal M/12
Horário Quarta a Sábado 21h30 Terça e Domingo 16h00
Duração aprox. 1h20
Preço 6 a 15€
Reservas 212739360”

in Press release #168

Espero não faltar. A companhia, já escolhi embora ainda não tenha convidado. Tenho tempo! Sorriso

Acredito…

 

…que,  como já te disse uma vez, um dia “dou-te a volta” e tu vais gostar! Namoriscar-masculino

Há palavras que Nos beijam

Hoje acordei capaz de citar quase todo um poema que me acompanhou durante a adolescência, escrevia-o em qualquer lugar e lia-o a qualquer hora…É lindo, pronto, e não há muito mais a dizer.

“Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.”

Alexandre O'Neil, in No Reino da Dinamarca

Não é estupidez… Mas podia ser.

 

Sim, é verdade, não é estupidez. Nem falta de amor próprio. E, sim é verdade, podia ser. Mas não é. É simplesmente errar, porque é mais fácil dizer o que é certo e fazer o que não está correcto… (esta, santa paciência, recuso-me a escrever de acordo com o NAO). Ontem dediquei-me a estar só comigo mesma, mas antes tive de meter a pata na poça e, óbvio, metia-a sabendo que a estava a meter e que não ia valer a pena fazê-lo porque o resultado eu já sabia qual era e não era o desejado.Não me surpreendi, não foi mesmo. Enfim… é como vos digo é mais fácil dizer o que está certo e fazer o que não é correcto! Não é estupidez, nem falta de amor próprio, é saber que no fim posso dizer que me arrependo do que fiz e não do que pensei que podia ter feito.