Hoje acordei capaz de citar quase todo um poema que me acompanhou durante a adolescência, escrevia-o em qualquer lugar e lia-o a qualquer hora…É lindo, pronto, e não há muito mais a dizer.
“Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.”
Alexandre O'Neil, in No Reino da Dinamarca
Sem comentários:
Enviar um comentário