quinta-feira, 8 de março de 2012

Já alguma vez…

… sentiram que aquela pessoa que apareceu no vosso caminho não é um perfeito desconhecido/a? Que apesar de pouco ou nada saberem dessa pessoa, têm o impulso de confiar sem questionar? De acreditar, sem duvidar? O impulso de deixar essa pessoa fazer parte dos vossos dias, ao invés de estar apenas de passagem? Eu já… Maktub. Será, maktub?…

A desvantagem de sentirmos assim, de sentirmos que estamos a reconhecer e não a conhecer, é a vontade que se sente de recuperar o tempo que não pode ser dito como perdido, porque não o tivemos antes.

Esta vontade exige, de quem a sente, cautela. Cuidado para não desejarmos demais,não ansiarmos demais. Não querermos demais, porque há sempre alguma coisa que esse perfeito desconhecido aos olhos e intimo no sentir,  não nos pode ou não quer dar.Temos de aprender a esperar que deixemos de ser intrusos, não devemos tentar mudar quem não tem de ser mudado. Devemos apoiar apenas, respeitar o tempo e espaço de cada um, para proteger o que é de ambos. Se for muito difícil fazê-lo sozinho, o que é que nos impede de lhe pedir ajudar? Se cometermos erros, o que é que nos impede de lhe pedir desculpa? O receio de sermos mal interpretados? Ou o receio que a jornada juntos se fique por aí e cada um retome o seu caminho individual? Nada nos deve impedir! Pelo menos devia ser assim, não adianta escolhermos atalhos, fingir que não estamos aflitos por não saber o rumo que levamos ou que não estamos cansados de carregar sozinhos aquilo que gostaríamos que não fosse só nosso.

Se para isso for necessário um grito, que o/a faça parar e olhar para nós. Pois então, gritem. Escolher entre dizer a verdade e fingir que tudo corre da mesma maneira, é uma escolha fácil. Desde que se acredite naquilo que se diz e no que será dito em resposta.

Eu gritei e acredito.

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